quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A caridade Acima de Tudo


A caridade é um amor elevado acima dos sentidos e da razão, pelo qual nos amamos uns aos outros pelo mesmo fim pelo qual Jesus Cristo amou os homens para fazê-los santos neste mundo e bem-aventurados no outro”.
São Vicente em toda sua vida terrestre, se dispôs a ajudar o próximo, desde a sua infância ele esteve lá, disposto a ser um instrumento da graça de Deus que é a Caridade. E quem poderia imaginar que logo ele, aquele gascão, um dia se tornaria o Patrono Universal da Caridade. Que belas obras ele realizou, nunca obteve um sentido de arrependimento ao servir a quem mais necessitava a sua frente. Seu coração sempre esteve puro e disposto a ajudar, e eis a sua fórmula para os dias de hoje, em que nem sempre temos tamanha abertura ao irmão em Cristo.

A caridade é algo além fronteiras que mexe com o coração de cada um, seja ele, rico ou pobre, negro ou branco, ocidental ou oriental, não tem escolhas, Deus não olha isto, e sim o amor que nos faz ir mais perto deles, os preferidos do Pai, os que mais necessitam, que estão a mercê da sociedade: Os Pobres.

Muitos escritores, em seus livros, dão maior ênfase a vida desde Santo, outros nos faz situar, sobre a realidade da França em seu tempo. Mas o que me fez escrever foi algo que venho a procurar, e apenas encontro, em pesquisas e leituras, digo das obras de caridade de Vicente de Paulo.
Tentarei mostrar que ele não foi apenas um homem inteligente, sábio e inovador, e sim também um Santo Caridoso, que obteve com gestos simples a sua conversão e a sua santificação.


















O dinheiro que ganho não é meu, e sim de Deus

Vicente de Paulo, durante a sua infância sempre obteve, diante da graça de Deus, a caridade. E o mais importante, nunca deixou a sua espiritualidade de lado. A partir da experiência vivida, diante do carvalho, com a Nossa Senhora, Vicente costumava passar horas, diante desta árvore, e junto daquela que o guiaria e levaria a santidade a algum dia.

Um belo dia, estava ele, caminhando de volta  a sua casa, após longo trabalho junto ao campo, quando se depara com algo que comoveria seu coração. Um homem, estendido ao chão, mostrava sinais de cansaço, de miséria, uma calamidade, e a jovem criança ao presenciar, doa todo o seu dinheiro recolhido em seu trabalho árduo, eram suas economias, que o pai o pagava como se fosse uma mesada, teria ele, disposto de 30 Vinténs, que na época, era muito dinheiro, e entregado ao pobre rapaz, que estava a mercê da sociedade. E foi embora para casa com o sorriso no olhar e sabendo que estava fazendo algo tão generoso e gratificante.

Através desta caridade, podemos observar, a providência agindo, em Vicente, que se mostra, desde criança uma pessoa generosa, e de bom coração, o destino queria que acontecesse isto, para mostrá-lo, que os pobres, seriam seus mestres e senhores, por toda eternidade.

Seu ponto forte, para tal acontecimento, deve-se ao fato que, sua espiritualidade, sempre encontrava-se pela base, ao permanecer horas e horas, admirando a Nossa Senhora, que colocaste, em um gesto de humildade, em seu altar improvisando num Carvalho, para Virgem.

Atitude de coragem e despojamento, não era uma esmola, não era um desperdício, e sim uma alegria, uma manifestação do amor de Deus, que se fez presente durante toda a sua vida, mesmo nos momentos das dificuldades.
























Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 40)

Crianças largadas a mais absoluta miséria, são expostas e excluídas, colocadas em mãos erradas, onde muitas das vezes, eram vendidas e obrigadas a verem, e sentirem seus braços quebrados, por um simples esmola. Algumas nem chegavam a tal ponto, morriam, muitas das vezes, por falta de alimento, ou até mesmo infecções no corpo, devido as fraturas e descaso com o mesmo. O índice de alfabetização, é mínimo, e com isso, cresciam com nenhuma perspectiva de vida.

Através deste cenário, Vivente de Paulo juntamente com Luiza de Marillac, irão ao encontro destes pequeninos. Que cena mais triste Luiza e Vicente tiveram de presenciar, algo que nem mais o mais carrasco, seria capaz de negar uma mísera ajuda.

Assim, abrigam estas crianças no abrigo La Couche, onde eram alimentadas e cuidadas dos ferimentos, e além disso davam um lar, onde não mais passariam fome e frio. Pelo menos dez mil e duzentas crianças passaram pelo La Couche. Por estar tão comprometidos com seus ofícios, Vicente resolve então, entregar aos cuidados destas crianças, as Filhas da Caridade, que logo após deixam para outros donos.

Aquele homem rude, que até primeira vista, era de se mostrar grotesco e impenetrável, com as crianças, se mostrava um homem manso e delicado, com aquele sorriso e com o olhar, mostrava confiança àqueles pequeninos que nem sequer confiavam em suas mães. Este fato é tão marcante em sua vida, que até em sua imagem tradicional, denominada “Pai dos Pobres”, posta uma criança no colo, e outra, agarrada em seu corpo.

Deus se fez agir em Vicente e em Luiza de Marillac, e assim a amizade um com o outro, só crescia e quem ganhava com isso, era o povo de Deus.
























A mortificação para um detento

Certo dia, Vicente se encontra no convés da galé capitânea, observando atentamente e com o coração amargurado os trezentos homens que, sob as ordens de um guarda empunhando um chicote de couro e sob um sol escaldante, os comandava. Fazendo um esforço quase sobre-humano eles remavam. Em dado momento, um dos remadores, extenuado, desmaia. O guarda, sem a menor consideração começa a vergastá-lo nas costas nuas que sagram. Vicente, solta um gemido, e desce, como um autômato, para junto do pobre homem, tentando soerguê-lo.Vicente ordena que se retirem as pesadas correntes das mãos e dos pés do pobre homem e que o leve à enfermaria. O guarda executa a ordem. Vicente toma o lugar dele e convida os galerianos a continuarem o trabalho.

Vicente de Paulo, quis nos mostrar o verdadeiro valor da mortificação, que sobrepõe a mística da aceitação. Seu maior triunfo não foi somente libertar o galeriano, e sim estar num ato de amor e  compaixão, ao tomar às rédeas da dor para si.

Em pleno século XXI, nos deparamos com situações delicadas, e perigosas, devido ao alto índice de violência no mundo, as prisões, encontram-se em estado decadente, onde os presos, são colocados a uma cela, onde suportariam sessenta homens, e na realidade, são postos mais de duzentos, o sistema carcerário, permite ao detento, usufruir das mais ultrapassadas garantias de vida. Muitas das vezes, um delinqüente juvenil, é misturado, com altos traficantes, e assassinos. Assim, a detenção, muitas vezes, se torna um centro de habilitação ao crime à estes presos, e não uma reabilitação a vida.

Devido ao este fato, não se vê, um ser humano estar tomando para si, as dores de um condenado. Pelo contrário, afundam cada vez mais o detento as más condições.
E na França na época de Vicente não era diferente; as galés, (embarcações, que levam mercadorias, onde os presos, trabalhavam a duro suor, e depois de algum tempo eram libertos), aquilo se tornava um local, onde nem mesmo animais são vistos como em jaulas, e nem tanto maltratados como tal. O guarda surrava os detentos com seu chicote, todos presos a correntes, num lugar onde haviam 275 remadores, a umidade tomava conta do local, juntamente com o frio. Ficavam semi-nus, cobertos de feridas ao serem açoitados. Isso tinha de ser mudado.

















Um homem do nosso tempo

Em 1652, Vicente mostrava-se um homem sensato com seus ideais, não criticou o absolutismo na época, mas tornou-se multiplicado aos esforços aos pobres. Durante este período, a França, encontrava-se em guerra. As províncias daquele país encontravam-se devastadas.

Com a ajuda das damas da caridade, organizou missionários e irmãs para os cuidados dos enfermos da guerra. Organizou sopas populares nas terras mais atingidas. Missionários se esforçavam e chegavam a encontrar quase 60 doentes em condições tenebrosas.

Ao se tratar de varias pessoas, as enviava ao Hospital de Calais, e transformou a casa de São Lázaro(Casa Mãe da Congregação da Missão), e a casa Mãe das Filhas da Caridade em centro de distribuição de sopas, assim conseguiram assistir a 800 refugiados da guerra e 1500 pobres diariamente, além das ajudas de primeiros socorros, que eram dividias em carniceiros e chapeleiros. Os religiosos também ajudaram, mas cada um, com a organização de Vicente de Paulo.

Com esta obra de caridade, este santo conseguiu em tamanha paciência, organizar multidões, em favor dos pobres. A astúcia e a audácia, fizeram com que ele fosse, reverenciado por todos. Este ato de amor para com os refugiados, vem a mostrar que São Vicente é um Santo para hoje. O mundo está em alto contraste; de um lado os países de primeiro mundo, de outro, os países subdesenvolvidos, ou, menores que isso. A guerra nos aflige a cada instante, refugiados chegam a cada minuto em um país e, fugindo da mais pobre miséria, em busca de um país justo, fraterno e igualitário. O dever de cada cidadão é amparar estes queridos do pai, e tratá-los com o devido respeito.

O sol deve brilhar para com eles, e não só as trevas. O nosso tempo, precisa de homens iguais a Vicente, capazes de se situarem em seu tempo, e mostrarem que o Reino de Deus não está longe do nosso alcance.














Aos idosos, o descanso merecido

A divina providência fez-se agir em Vicente de Paulo, através de um donativo, que na época, eqüivaliam a cem libras. Através disto, investiram todo o capital em um asilo. Aquele homem landês, através de uma certa influência de Luiza de Marillac, começa a assistir a este asilo, que era destinado, a socorrer os idosos.

A Senhora Le Gras, vai ao seu auxilio, e toma para si a responsabilidade. Possuíam quarenta velhinhos, mas houve muitos pedidos para a aceitação, mas Vicente, sempre com intuito da caridade organizada, não permitiu que houvesse um super lotação, e além disso desordem. Ele fazia as suas visitas aos velhinhos, mesmo que fosse, para escutar as simplórias histórias. E através deste entrosamento, e da abertura dos idosos, dava-lhes a catequese, onde até mesmo os menos dotados, conseguiam.

Vicente de Paulo, quis no mostrar que aqueles, os quais davam suor do rosto com a força dos braços, como ele mesmo disse, mereciam, enfim, terem um lugar, onde não seriam tachados de velhos inúteis e imprestáveis, e sim de idosos, que poderiam nos transcender experiência necessária, para nossas vidas e mostrarem que um dia, estaríamos no lugar deles, e quem sabe, estarmos repassando as nossas experiências, aos mais novos.

O simples ato do escutar, muitas das vezes, é mais válido que mil palavras; o que a boca não fala, o coração sente. É sentir o amor adentrar as nossas veias, sentir como são valiosos aqueles velhinhos, que transbordam de alegria em nos receber em uma mera visita. O terno abraço, o perguntar como estão, estar por dentro de suas alegrias e tristezas, faz com que, como São Vicente mesmo se inspirou; ver naquele que sofre a própria imagem de Deus.


























O Senhor me enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres”( Lc 4, 18)

O campo se encontrava em total desprezo, pelas camadas menos nobres, são camponeses sem instruções, onde a prática religiosa não era vista como primeira instância.

Em favor desta pobre gente, Vicente de Paulo, organiza assim, as missões interiores que são de cunho espiritual e catequizador.

Para tal êxito, eram reunidos, grupos de missionários, compostos de duas ou três pessoas e dum irmão. Normalmente escolhiam pequenas localidades, com duração mínima de quinze dias, em lugares mais necessitados, que podiam levar até um mês ou mais.

Estas missões como Vicente dizia, deveriam ser totalmente gratuitas. Cada casa deveria suprir as suas necessidades, como garantir o alojamento, e as esmolas. Isto nas casas improvisadas dos missionários. Só era feita missão após a aceitação do pároco da comunidade local.

Só era realizado o objetivo principal, quando a totalidade da população se confessa e não haja mais intrigas e discórdias.

Em relação com o nosso tempo, as missões poucas alterações sofreram. Ao contrário do que se via, os camponeses de agora, se tornaram a pobre gente que vive isolada, a mercê da sociedade. Em favelas, terras onde não há sequer água tratada, não há alimentação adequada, um desapego as coisas espirituais também, aliás especialmente.

Desta maneira, o meio mais correto, de obter esta caridade, é estar em perfeita oração com Deus, como dizia Vicente: “Dai-me um homem de oração, e ele será capaz de tudo”. Pois como levaremos o Cristo aos que tem fome de justiça e de amor, se não O possuímos? Levar o pão, aquele que mais necessita, é primordial também, pois se tendes fome, como haverá inspiração, para que Deus aja em cada um. 

Ao estarmos nesta sintonia, devemos sim, nos doar inteiramente aos pobres, que são os preferidos do pai.

















Perdão ó Pai, Perdão!

Jesus Cristo, sempre se mostrou fiel ao plano do pai, mostrou-se com todas as qualidade necessárias para amar. Um filho fiel, humilde, responsável, carinhoso, terno, manso, e acima de tudo caridoso. E sua morte à cruz, foi para nos mostrar que devemos ser como ele, ter estas virtudes, ou pelo menos, usufruir do pouco que temos, dando o seu exemplo espalhando por todas às nações. Vicente de Paulo, antes da sua conversão, se mostrava ambicioso, rancoroso e muitas das vezes superior aos outros.

Durante seu período de estudos em Toulose, Deus veio a lhe testar. Seu pai, João de Paulo, aquele homem pobre e manco, estava a tentar lhe visitar. Ao perceber teu pai ao teu encontro, num ato de estrema fragilidade e de humilhação, Vicente o nega, sente-se vergonhoso. Ao presenciar a tamanha fragilidade do seu filho, retorna o seu caminho, angustiado e deprimido.

Anos mais tarde, mais precisamente em 1626, retorna sua cidade natal pela primeira vez. Já estando predestinado aos pobres, irá de “mãos vazias”, para o retorno daquela sua família, que depositara tamanha confiança, em busca de um benefício. Chegando em Pouy, aquele homem simplesmente, se mostra de coração partido. Suas lembranças da infância, sua vida de camponês... Enfim, momentos nostálgicos vem a tona.

Após a celebração de sua primeira missa, esteve de encontro ao túmulo de seu falecido pai. Diante de tamanha circunstância, chora todo o arrependimento de o ter negado. Permanece ali durante horas. E num estado de amor, extrai todo o seu amor contido durante a sua infância, seu respeito, suas inseguranças, relembra o quanto poderia Ter sido melhor. Através disto, ele se mostra caridoso, consigo mesmo e com o pai.

O maior orgulho de um pai, é ver teu filho feliz e realizado. João de Paulo, aquele camponês, manco, e de aparência gascã, sempre batalhou por seus queridos filhos, com o suor do próprio rosto e com a força das mãos, obteve sempre a comida necessária. Sempre um bom pai, junto com sua mulher Bertranda de Moras, constituíram uma família cristã, repleta do amor de Deus. Mas parece que Vicente de Paulo , naquele momento não sentiu Deus dentro de si, estava negando o próprio Cristo na imagem do pai.

Temos de observar certos detalhes da vida deste santo, naquele tempo, durante seus estudos de Teologia, sua ambição estava no ápice da ganância, seu desejo de fazer fortuna nunca esteve tão vivo. E ao pensar nisto, seu coração não está liberto de suas tentações, assim, o amor se torna obscuro. Sua conversão só viria após tomar a causa que realmente era seu lugar, de ajuda aos mais necessitados.

A caridade que observo é que para suplicar um perdão, é preciso ser caridoso consigo mesmo, e com os outros.  Amar é primordialmente a primeira instância da caridade. Ao ir ao encontro do túmulo do teu pai, o amor ultrapassa a caridade. Ser caridoso não é apenas estar doando o pão a quem mais necessita, mais do que isso, é estar doando a própria vida, o próprio coração. E Vicente conseguiu isto, doar o mais íntimo do seu ser.






São Vicente de Paulo (1581-1660) 
1581: 24 de abril, nascimento em Pouy, perto de Dax (Landes).
1595-1597: estudo em Dax; Preceptor da família De Comet. 1597-1604: estudos teológicos em Toulose; preceptor em Buzet.
1598: morte do pai de Vicente de Paulo. Subdiaconato e Diaconato, em Tarbes.
1600: 13 de setembro: ordenado padre, em Chateau L'Évêque, com apenas 19 anos. Cura de Tihl, diocese de Dax. Viagem a Roma.
1604: 12 de outubro, bacharel em Teologia. 1605-1607: viagem a Bordéus, Toulose e Marselha. Carta do Cativeiro.
1605-1608: permanência em Avinhão e em Roma.
1608: chegada a Paris.
1609: calúnia do Juiz de Sore. Primeiros contatos com Bérulle.
1610: capelão da Rainha Margarida de Valois. Aquisição da Abadia de São Leonardo de Chaumes. 1611: estadia no Oratório De Bérulle. Contato com um teólogo tentado contra a fé.
1612: 2 de maio: posse como vigário de Clichy.
1613: setembro, nomeado Preceptor da família dos Gondi
1614: tentação contra a fé durante 3 ou 4 anos.
1615: nomeado Cônego de Ecouis, diocese de Evreux. Doença nas pernas.
1616: desliga-se da Abadia de São Leonardo de Chaumes.
1617: confissão do camponês de Gannes (Oise) e Sermão em Folleville (25 de janeiro). Inícios da Congregação.
1617: saída da casa dos Gondi. Pároco de Châtillon-les-Dombes. Sermão sobre a Caridade. Primeiro grupo de Senhoras da Caridade. Volta à casa dos Gondi.
1618: missões nas terras da Família Gondi. Criação das Confrarias da Caridade em Villepreux, Joigny, Montmirail. Encontro com São Francisco de Sales.
1619: capelão Geral das Galeras (8 de fevereiro).
1620: missões e criação das Confrarias em Folleville', Paillard.
1621: confraria da Caridade de Homens, em Joigny. Encontro com a fundadora das Visitandinas, de Chantal.
1622: nomeado Superior da Visitação. Viagem a Marselha.
1623: missões nas Galeras. Viagem à terra natal. Licenciatura em Direito Canônico. 1624: nomeação como Principal do Colégio Bons Enfants. Primeiros contatos com o Abade Saint Cyran.
1625: contrato de fundação da Congregação da Missão (17 de abril); morte da Senhora de Gondi (23 de junho). Primeiros contatos com Luíza de Marillac.
1626: aprovação da Congregação da Missão pelo Arcebispo de Paris (24 de abril).
1627: primeiro irmão coadjutor recebido na Congregação.
1628: contato com Agostinho de Potier Bispo de Beauvais, sobre a urgência da Reforma do clero. Prega o retiro dos ordinandos em Beauvais.
1629: início dos Retiros, nos Bons Enfants. Envia Luíza de Marillac em visita às Caridades.
1631: início dos Retiros aos ordinandos, em Paris.
1632: posse de São Lázaro.
1633: início das Conferências Eclesiásticas das Terças-Feiras. Primeiras Filhas da Caridade, sob a direção de Luíza de Marillac.
1635: projeto de Confraria da Caridade, na Corte.
1636: missionários enviados como Capelães Militares.
1637: discussão de Saint Cyran com São Vicente.
1638: início da Obra das Crianças abandonadas.
1639: ajuda à Lorena. Missão aos refugiados em Paris. 

1640: atuação de São Vicente junto a Richelieu em defesa da paz.
1642: Primeira Assembléia Geral da Congregação da Missão, São Vicente apresenta sua demissão. Começo de um Seminário no Colégio dos Bons Enfants. Morte do Cardeal Richelieu.
1643: assiste a Luís XIII agonizante. Nomeado para o Conselho de Consciência da Regência.
1644: grave enfermidade de São Vicente.
1646: fundação na Argélia. Missão na Irlanda e na Escócia. Pedido de fundação em Marrocos.
1648: oposição ao Jansenismo. Missão em Madagáscar.
1649: interferência de Vicente junto à Rainha, para o afastamento de Mazarino (Guerra da Fronde). Opõe-se às doutrinas de Port-Royal.
1551: implantação da Congregação, na Polônia.
1652: atendimento às regiões assoladas pelas guerras: 10.000 pobres alimentados em São Lázaro; 15.000 socorridos em Paris.
1653: Vicente deixa o Conselho de Consciência.
1655: problemas entre o Governo e a Congregação por ter acolhido o Cardeal de Retz, em Roma.
1658: entrega aos coirmãos as regras comuns da Congregação da Missão.
1659: imobilizado por causa da doença das pernas. Não pode mais celebrar. Designa secretamente seu sucessor, Renê Almeras.
1660: morte de Luíza de Marillac (15 de março). Projeto de Vicente de enviar missionários à China.
1660: 27 de setembro, 4:45 da manhã, morte de São Vicente de Paulo.
1729: 13 de agosto beatificado por Bento XIII.
1637: 16 de junho, canonizado por Clemente XII.
1885: 12 de maio, o Papa Leão XIII declarou São Vicente de Paulo Patrono de todas as obras de caridade.

Fonte
MEZZADRI, LUIGI. Uma caridade sem fronteiras. Ed. Paoline. 1986.139pg.
TAMAYO, ALFONSO M. São Vicente de Paulo: Um Santo para hoje. Ed. São Vicente. 1979. 122pg.
WINSEM, VAN G. São Vicente de Paulo: Esboço da vida de Vicente de Paulo. Ed. Panningen. 1981. 155pg.
BODIN, ANDRÉ. São Vicente de Paulo e a Caridade. Ed. Gráfica Vicentina. 1980. 206pg.
GOCH, ALOÍSIO D. Meu herói Vicente de Paulo. Ed. Gráfica Vicentina. 1998. 318pg.
MEZZADRI, LUIGI. Pequena Biografia de Vicente de Paulo. Ed. Folha Carioca Ltda.1993. 121pg












Filho, vem comer, o almoço está à mesa. Mas não esqueça de lavar as mãos.

Ah, como ele é dedicado, sempre ajudando seu pai, sua mãe. Desse jeito não agüento, me desfaleço de emoção, de alegria. Como é bom, ter Deus dentro de casa. Como é bom ter  uma família quem eu posso me dedicar.

- Agora, pode voltar ao trabalho, deixe que eu lavo estas vasilhas.

Ser mãe, é tão grandioso, não me canso de predispor ao meu Filho querido, e também à minha família.

À noite na penumbra, oro pelo meu Filho querido. Ele precisa crescer em sabedoria e harmonia. Afinal, ele será o Salvador de todos. Minha oração é simples, mas de bom coração.

“Iaweh, Deus de todas as coisas, abençoe este meu filho muito amado. Ele tem se esforçado para ser o melhor, e está buscando a perfeição, mas os obstáculos são tantos. Ajude-o a transpor todos eles. Meu coração exulta de alegria em ver nele meu Salvador, o nosso Salvador. Da-lhe um coração puro, cheio de compaixão. Que seja feita a Sua vontade.”

- Filho, vem tomar o seu banho.O jantar está quase pronto. Deixe o trabalho para depois.

Enquanto toma o banho dos Deuses, posso enfim, terminar meu jantar... Mas antes, tenho de levar a toalha para Ele, como sempre, distraído. Um dia Ele aprende, e seu coração vai ser sempre atento aos clamores do mundo.

- Bom, meu Amado. Agora você já pode ir se deitar. Não esqueça de limpar os dentes.

Acho que agora, posso descansar, mas antes, preciso dar um beijo de boa noite ao meu Filho querido. Que singelo, doce e puro, já está dormindo. Vou dar-lhe um beijo suave para um alegre despertar. Fique com Deus.

Mães, que o nosso Pai querido, e a nossa mãe das mães., ore sempre por vocês, nosso amor é infinito pela sua presença. Um feliz Dia das Mães.





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